Em tempos onde as expressões “mensalão”, “CPMI do Cachoeira”,
“bandidos de toga”, são constantemente anunciadas em jornais e revistas, a
ética desponta como uma das maiores necessidades do cenário politico
contemporâneo. Acontecimentos como esses enfraquecem a tênue confiança e o
interesse que a sociedade tem pela política. Cada vez mais o
contribuinte desacredita que o dinheiro que lhe é retirado através de impostos
e tarifas com o pretexto de educar ou alimentar as crianças mais pobres, vai
ser usado para essa tal nobre função.
A falta de ética de parlamentares e executivos é tão
exacerbada que nem o Judiciário, até então o menos corrupto dos Poderes, escapa
dessa lista. Imagine que todos os Três poderes, soberanos e independentes,
considerados os pilares da Democracia, estão incluídos nesse grupo.
A cada remessa de dinheiro público desviada, mais uma escola
sofre por falta de merenda, professores, cadeiras, etc. E, em uma escola que
não tem comida para seus alunos, provavelmente não há ensino de qualidade. Sem
esse ensino, cresce o número de alunos alienados, que vão trabalhar antes de
acabar o ensino médio, aumentando a estatística de evasão escolar.
Portanto, hoje, mais do que nunca, a ética deve ser
prioridade nessas instituições, uma vez que o cidadão é diretamente prejudicado
quando seus ‘‘legítimos representantes’’ os representam erroneamente.
Na medida em que mais um escândalo político é anunciado pela
imprensa, o eleitor, já apático, demonstra-se ainda mais descrente do seu
poder, o poder do voto.